terça-feira, fevereiro 14

Resumo da história

Acorda aí!
Passa logo isso! Anda!
Quando é que vai acabar?
Se liga na historia do conto de fadas,
Era uma vez... E aí foram felizes para sempre!
Viu?
 

Meus esquecidos

Deixei aí meu shampoo, meu creme... Embalagens de viagem... Meu gel de lavar o rosto, o chinelo e o vestidinho molinho, aquele de usar em casa. Ficaram pra trás mas não foi por desprezo. Eu não faria isso com coisinhas minhas usadas e queridas, mas pareceu que elas escolheram ficar por conta própria! Deram um apagão na minha mente e se esconderam por aí. A vontade de escolher um lugar foi iniciativa delas mas estou bem acordada pra essas coisas que aprendem a querer sozinhas. Não vão registrar nada, não vão ser nada mais que um vestido na roupa suja, um chinelo embaixo de uma cama, restinho de shampoo e creme e um gel de lavar o rosto ...quase no fim.

sábado, fevereiro 4

sexta-feira, fevereiro 3

Peitos? Meus peitos?

Como assim??
Ah, meninos! Vocês eram nossos irmãos! Você não podiam... Não! Vocês não faziam... Não, não, não! !! Não acredito! Só assim fico sabendo.
Delícia reencontrar meus queridos e amados amigos, irmãos da minha infância e adolescência, depois de tantos anos.
Pronto! Foi aí que acabou a pureza da conversa: na adolescência.
E aí fiquei sabendo que aqueles meninos, meus ídolos, irmãos queridos, que achava jamais pensariam em mim com segundas intenções ... Ficavam secando meus peitos!!!
Olha aí! Claro que não era só comigo, as outras nadadoras também foram alvo dos olhares gulosos dos sacanas. Mergulhos desnecessários pra uma olhada a mais, uma oportunidade a mais e embaixo dágua devia ser emocionante.
Confesso um prazer tardio, maduro, feliz, saudável. Uma massagem no ego.
Saber que um dia desejaram meus peitos, que observavam como nos comportávamos quando corríamos da piscina para o vestiário com a touca na mão tentando tapar os pentelhos que apareciam naquelas drogas de maiôs transparentes!
Quanta sinceridade naqueles hormônios em ebulição!
Quantas punhetas na intenção dos peitos? Declararam que cada noite a intenção era numa... a descoberta dos formatos variados, dos peitos novinhos crescendo, se formando ainda, que aumentava o tesão e lhes enchiam de motivos para noites de olhos bem abertos. Os que nos namoravam, mais putos, mais cheios de tesão ainda porque não podiam pegar! Nem pensar!!
Aí me lembro!! Às vezes,  enquanto nadávamos nos treinamentos, do nada aparecia uma mão boba, encontrões, alisadas. Lembro sempre de alguém reclamando :”Passaram  a mão no meu peito!!!”
Acontecia com uma certa freqüência até que fomos para treinos em horários diferentes... tenho certeza que ninguém gostou, nem meninos nem meninas. Nós, meninas, também adorávamos aquilo, era motivo de altas conversas no vestiário: como foi? você deixou ou não? E o beijo? Fulano beija bem? O que você sente? Ele ficou excitado? Lembra: “beijo é como ferro elétrico, liga em cima e esquenta embaixo”? e aí nos concentrávamos nos chupões intermináveis, na disputa pra ver quem beijava mais tempo só pra ver o cara sair dali tortinho...  Nossos hormônios também estavam trabalhando feito loucos!!!
Sinceramente, tive um enorme prazer em ouvir tudo isso como uma lembrança gostosa, de amigos que serão sempre irmãos e para sempre amores da minha vida.
Faço aqui essa homenagem, com todo meu amor, pra vocês: Carlinhos, Tantão, Romulo, Tolê, Clarck, Piauí, Luís Henrique, Zé Pezão, e  outros que faziam parte dessa turma de sacanas... que tudo que queriam era pegar num peito!