Às vezes a gente pensa que sabe das coisas.
Encontrou a pessoa certa, o caminho certo, a profissão certa, o trabalho certo...
A cada certeza vem uma rasteira.
Chega um momento que você olha e vê todas as suas escolhas escorrendo pelos seus dedos.
Foi o quê?
Aconteceu o quê?...
Encontrei uma amiga que não via há anos, uns 15 mais ou menos.
Separou-se do marido há 2 anos... 27 anos de casamento – escolha dela.
Lembro dela antigamente como uma pessoa tranquila, trabalhando,
cuidando dos filhos (2) já saindo da fase de dar trabalho...8 e 10 anos, por aí...
Veio um terceiro filho que a desestruturou toda mas enfim,
tudo correu como as regras da vida programam a gente...
Os filhos já são adultos, ela já é avó.
Outro dia encontrei-a de novo.
Como uma pessoa se transforma assim?
Falava eletricamente gesticulando a cada palavra, pulando freneticamente,
sem conseguir manter a calma ou controlar a ansiedade.
Corpinho lindo pra uma cinquentona, gatíssima! Sério!
Mas faltava uma coisa em toda aquela euforia... faltava felicidade...
As saídas, baladas, namorados, viagens, homens aos seus pés, a “night”, etc. e tal ...
Nada disso era sua verdade.
Durante nossa conversa vi por varias vezes seus olhos baixarem, a euforia pausar e ela dizer: “...mas ainda eu vou ser feliz!”, como um robô que é desligado e perde a força.
Aí ligava novamente, a euforia voltava e ela começava a pular de novo.
Uma capa, um invólucro, uma mentira.
As certezas dela foram por água abaixo.
Acho até que ela pensa que está tudo bem.
Ela vive apenas de aparência....
aparecência.
Beijo amiga, ainda quero lhe ver feliz... de verdade.
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